Por: Welber Santos
Antes de entrar no universo da pesquisa histórica, achava muito confuso a dança de siglas que apareciam, referentes à ferrovia, na cidade em que nasci e cresci.
Da Praça dos Ferroviários, via a sigla EFOM estampada na fachada frontal da estação, que me disseram que era Estrada de Ferro Oeste de Minas. Mais tarde ganhei uma camiseta com uma locomotiva estampada, onde via a sigla RMV, que me revelaram ser de Rede Mineira de Viação. Nas visitas ao museu ferroviário, via também o RFFSA, com aquela logomarca inconfundível, que todos sabem ser da Rede Ferroviária Federal. O problema era que eu achava que tudo isso coexistia e estava um subordinado ao outro, ninguém conseguia me explicar o real significado de tantas siglas. Para piorar a situação, reparei que as fotografias do album do meu irmão mais velho, que iniciou a carreira de maquinista em São João del-Rei na década de 70, indicavam a existência de mais uma sigla estampada nas locomotivas, o VFCO. O que me intrigava era que apareciam a cada dia novas fotos, das mesmas locomotivas, cada vez com uma dessas siglas.
Foi quando conheci o meu amigo Hugo Caramuru que a coisa tomou uma ordem, fui compreender que era tudo parte de um processo de transformação que havia alcançado a centena de anos. Foi quando entendi o quanto tudo em minha volta era obsoleto, atrasado, anacrônico e deveras encantador. Em minha lógica e entendimento do mundo, quando meu irmão maquinista dizia que as locomotivas não funcionavam mais a lenha e sim a óleo BPF, logo achei que eram substituídas, que havia ocorrido uma "modernização" da frota durante o século XX. Aos poucos descobri que não era isso.
E lá fui eu reparar num objeto em que ainda não havia dado a devida atenção: a placa redonda que havia na lateral das locomotivas, que fui descobrir ser a identidade do veículo, sua certidão de nascimento, onde podemos saber quem fabricou, onde e quando. Fui descobrir que as locomotivas que eu assistia passar desde a infância já eram "senhoras" realmente idosas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT23uDYtxW_yJx5ukJBvx4czNlzFWS48Tr_-5GHdISABNTWSMTUhgWSpBjpqMxVfi9jYvwFAqrfzdDzp1fJ0rQ7Sntb5oS9UKcucNbL1vKz3se-Dl55cUDKJ48-Gay3MxFMh2rPTLXZEg-/s400/a.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjizHB_2HGsD3qBl1SWsmJyJi_KbE6nuiu0NlNRy9XfRLXrIqS_hcJlFu9U7_Ic88xq6JXZ_1K1pHBjJMlbDtgTIgCSLa5j-7kVBvcbpAGsXSrmg185qrp8i_TSbMDOupd3B5XBFAh8zclK/s400/e.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKBCiSm_eGseQbQax8i6YhjIdlXsLfwJ8LhtaYBBUr9_T_PmxAEX4m_tpKk7efM5sMvAMwylpXWPhp-QxtcsZzz-oXcKETsnFdKJrvhyoPSJHX_xrWqxzcV_K5T4vnt5mS2Mi-PPloBfQD/s400/Loco+42+-+Placa.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOjjttz1w_TSoHSdX4EoqoPtRFMGi6nsvzt05K_6Msjzjqmn2t-anYevXgtyD4AcFdXXN3IU4lpD1lHQ_UMK2rYWv8YHEUi8u-28F9APZ12-BofxhWvhgc0PQ2hPIvkShK6nMQPSwdmkGB/s400/Locomotiva+1-2.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivy59KH6eDDq0WP94weFaZhS8CTFT6IeaEkMyLDVQkjWiz7Wbg7jxtImCq6cvspjaXokQbea7o1RlPfov3X_LcxoVt4oS4oYBctNaHVuEGoGoUrO9Et_x87X2IKbPbpiDESoHdRR7tTPpe/s400/EFOM_1_1981.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV2TvkpYQY3PsTzxEjiAQvoycS9VnfczmUurrBSZXbSyRPlBSWCDC6JjwNMUeDVpwzLs-Jmt9QeS1Lnn9OVac-DD2GYrQ_YlxBxStTmCAyZhD11LXjcDDiR2xEu0i8rYyvC_tBySwwQ3pR/s400/d.jpg)
A locomotiva nº1 em várias datas diferentes (de cima para baixo): 1880 (foto: BLW); década de 40 (foto: coleção Hugo Caramuru), 1980 (foto: RFFSA) e 2009 (foto: Jonas Carvalho). Vemos duas fases distintas: EFOM e RMV, esta máquina foi retirada de serviço na década de 1950.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZwu4FyPS_ZcALPKLdQkjisQUdf3ItN2hypIfT0cLR4CORC3Y_-2smeusZLm0y6Twz3cFaj-WXZyHiksKDCWNOLTDOtfZ3BCDhy7vjZ6XuWXaHkIhSh7eU2lveubYeAlpix23TiJ9_v8_I/s400/37.jpg)
A locomotiva acima também em datas diferentes (de cima para baixo): 1912 (foto: BLW); década de 70 (foto: coleção Hugo Caramuru), por volta de 1982 (foto: coleção Hugo Caramuru) e década de 90 (foto: autor ignorado). Vemos três fases distintas: EFOM, VFCO e RFFSA SR-2.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgidz_demkEH7CLoX5IA65MqiCHbzkKaX3iDwvTDPrtWfcjl4kIOVBMBU1q-rJb6Ys-EyIEHdSLgop1ALh_ywrRH-rBhqKKUPOn1_SowwY9a-gwyaWU6VBjwep21eR7WIV9g210O3FeMgsY/s400/41+0.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixNsyN-K5KAilS1ydOWa78C0ILTV_R94z3PtEz7L3Odz3EuqmsbjhWLiKjOCYb8buyNRHT2xqb9ehiWxkAEVA98AOT2NeJirEL4f3rz3OOyDYYSnKyCGx6TjczSnE87mL4yyX9fg1g48Pw/s400/rffsa2.jpeg)
Estranhamente não encontrei fotografia desta na fase RMV, mas cá está (de cima para baixo): início da década de 30 (coleção ASPEF) e início da década de 90 (fotos: Hugo Caramuru)
É assim, através das pinturas das locomotivas, que descobrimos, mais ou menos, quando se dá a mudança das administrações da ferrovia, a passagem de uma empresa para outra.
Se a Oeste de Minas surge como companhia de capital privado no século XIX, pelas contas dívidas acumuladas e saldos negativos nas contas, com despesas que superavam as receitas ano a ano, ela entra o século XX como uma nova estatal, já que fora encampada pelo governo federal depois de decretada a falência em 1898, e arrematada pelo mesmo em 1903, em hasta pública.
Em 1931 o governo do Estado de Minas Gerais arrenda a estrada junto ao governo federal, o que é visível na pintura das locomotivas que passam a ser parte do sistema RMV-Oeste, o que corresponde a ser parte da E. F. Oeste de Minas, na divisão que tem também a RMV-Sul, correspondente à parte arrendada da antiga Rede Sul Mineira (Estradas de Ferro Federais - RSM).
A Rede Mineira de Viação é iniciada com as administações distintas entre Sul e Oeste, mas logo ocorre a unificação do sistema, uma integração como tal. Isso se reflete na renumeração das locomotivas da rede, que passam a unificar toda a frota, numa fusão definitiva entre Oeste de Minas e Rede Sul Mineira (chamada Estrada de Ferro Sul de Minas quando criada a RMV). Por isso vemos tantos números diferentes para a mesma locomotiva. Se bem que a primeira renumeração se dá por causa do critério de rodagem das locomotivas. Quando adquiridas eram numeradas de acordo com a encomenda, seguindo a sequência de ordem cronológica, independentemente do tipo de locomotiva adquirida.
Na década de 1920, a Oeste renumera suas locomotivas de acordo com o tipo de rodagem, quais sejam: as do tipo American (4-4-0) recebem os números de um e dois algarismos (1 a 22); as Ten-Wheeler (4-6-0) recebem os números da série 100 (100 a 113), e as Consolidation (2-8-0) ficam com a série 200 (200 a 221). Com o advento da RMV, a série 100 passa a ser de 30 a 43, e a série 200 de 50 a 71.
Esses dados refletem a ausência de crescimento da malha em bitola de 0,76m. A própria numeração das locomotivas indica, ao menos aparentemente, não haver um projeto de ampliação da frota, reflexo da baixa importência econômica da região alcançada pelos trilhos da chamada "bitolinha".
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim_4zwyKNfDnHUmCCOAnzFp6d3QjiBNfOfpRn80ApJf-kCyrg-DDnxGgmYKzJa_D7WBkgYr49ZZAqklmM7pCEL7cAxq70Rt31JDaaAHPTAOJfiol22tQQnYyqVW7X1HIti0kehocgTIXUI/s400/RMV_53.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmeA4pl3-RFfykV27fPSr6NagUl67rKVSzbuWNOQ8_AQ68Ax8tIC5yvRwotZxxHZUUALFaNbcO4v3ACwJvvZMAfawB2Yox-1l2evA_PhifvCg1RDpMnFmCm1u1LX84Dioty0RmbYLR-SBW/s400/RMV_51_carabina.jpg)
As locomotivas 53 e 51 (de cima para baixo) foram unidades que sofreram baixa no período da RMV. Na imagem superior temos o último trem que partiu da estação de Pitangui, início da década de 60.
Em 1953 ocorre a devolução da RMV à União, em 1957 é criada a Rede Ferroviária Federal para administrar as estradas de ferro que pertenciam ao governo federal. Em 1965, em reorganização administrativa, a RMV é fundida à Estrada de Ferro Goiás (EFG) e à Estrada de Ferro Bahia a Minas (EFBM), passando a ser Viação Férrea Centro-Oeste (VFCO)., e depois 5ª Divisão Centro-Oeste.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWkOS95T5Qs78NIHepHBKgGMR5gSCUo47HNM6wvtZ27YyPzq63nrL5zkfjNcKI6GIh-dMppI98ny3f4EyyhoQwu4bsCurorXZhPAkzwIhUs8CItu2FWRNLW2gmwp646Eh9SzVjVFC2JX_T/s400/VFCO_38.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Ik4bBcKUimPlzojLVh8UkGuNYkwQg3o8ffisDqKVcv19D_o14spl28EDPIfvrhr3oK3_QaABy8LbX3tGRaW-vwDIFsz5Djavr2LMveatqh7Qs6-GFK4Cm50NLRE5ZxvQ4HZ3BaIA-FFP/s400/N%C2%BA43ab.jpg)
As locomotivas 38 e 43 (de cima para baixo) estão entre as "sobreviventes" da EFOM. Fotos: Popó (38) e coleção de Hugo Caramuru (43).
Quando desativada a ferrovia, as quinze locomotivas operacionais já se encontravam pintadas no último padrão, o da RFFSA. Para a sorte dos que têm como hobby a apreciação de locomotivas a vapor, cá temos quinze exemplares guardados (nem todos inteiros, não custa lembrar).
Inventário das locomotivas da E. F. Oeste de Minas - bitola de 762mm (2 pés e 1/2)
ESTRADA DE FERRO OESTE DE MINAS
| |||||||||||
Locomotivas da bitola de 2 pés e 6 polegadas (0,76m)
| |||||||||||
E. F. Oeste de Minas
|
RMV
|
VFCO
|
RFFSA
| ||||||||
1º Num
|
2º Num
|
Num.
|
Num.
|
Num.
|
Fabricante
|
Ano.mês
|
Nº Placa
|
Rodagem
|
Tipo
|
Observações
| |
1
|
1
|
1
|
1
|
1
|
BLW
|
1880.abr
|
5055
|
4 4 0
|
American
|
"São João del Rey"
| |
2
|
2
|
2
|
sucateada
|
BLW
|
1880.abr
|
5057
|
4 4 0
|
American
| |||
3
|
3
|
3
|
sucateada
|
BLW
|
1881.fev
|
5506
|
4 4 0
|
American
| |||
4
|
4
|
4
|
sucateada
|
BLW
|
1881.fev
|
5502
|
4 4 0
|
American
| |||
5
|
5
|
5
|
5
|
sucateada
|
BLW
|
1887.jan
|
8330
|
4 4 0
|
American
|
"Rio Grande"
| |
6
|
6
|
6
|
sucateada
|
BLW
|
1887.mar
|
8470
|
4 4 0
|
American
|
"Rio São Francisco"
| ||
7
|
7
|
7
|
sucateada
|
BLW
|
1887.abr
|
8516
|
4 4 0
|
American
|
"Lavras"
| ||
8
|
8
|
8
|
sucateada
|
BLW
|
1887.ND
|
8639
|
4 4 0
|
American
|
"Oliveira"
| ||
9
|
105
|
35
|
sucateada
|
BLW
|
1889.jul
|
10138
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
|
"Manoel Barbosa"
| ||
10
|
106
|
36
|
sucateada
|
BLW
|
1889.jul
|
10139
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
|
"Henrique Galvão"
| ||
11
|
9
|
9
|
sucateada
|
BLW
|
1889.jul
|
10142
|
4 4 0
|
American
|
"Pitanguy"
| ||
12
|
10
|
10
|
sucateada
|
BLW
|
1889.jul
|
10143
|
4 4 0
|
American
|
"Itapecerica"
| ||
13
|
213
|
63
|
63
|
sucateada
|
BLW
|
1889.dez
|
10497
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Piumhy"
| |
14
|
214
|
64
|
sucateada
|
BLW
|
1889.dez
|
10498
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Araxá"
| ||
15
|
215
|
65
|
sucateada
|
BLW
|
1889.dez
|
10500
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Campo Belo"
| ||
16
|
216
|
66
|
66
|
66
|
BLW
|
1889.dez
|
10505
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Inhauma"
| |
17
|
16
|
16
|
sucateada
|
BLW
|
1891.dez
|
11594
|
4 4 0
|
American
|
Vauclain Compound "Abaeté"
| ||
18
|
18*
|
15
|
sucateada
|
BLW
|
1891.fev
|
11608
|
4 6 0/4 4 0
|
T. Wheel./ Amer.
|
Vauclain Compound "Indaya"
| ||
19
|
12
|
12
|
sucateada
|
BLW
|
1892.mai
|
12660
|
4 4 0
|
American
|
Vauclain Compound "Paulo Freitas"
| ||
20
|
BLW
|
1892.mai
|
12644
|
4 4 0
|
American
|
Vauclain Compound "Joaquim Castro"
| |||||
21
|
17
|
17
|
sucateada
|
BLW
|
1892.mai
|
12656
|
4 4 0
|
American
|
Vauclain Compound "Hermillo Alves"
| ||
22
|
BLW
|
1892.mai
|
12666
|
4 4 0
|
American
|
Vauclain Compound "Alberto Isaacson"
| |||||
23
|
103
|
53
|
sucateada
|
BLW
|
1892.abr
|
12636
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Toscano de brito"
| ||
24
|
104
|
54
|
sucateada
|
BLW
|
1892.abr
|
12637
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Pinto Mendes"
| ||
25
|
211
|
61
|
sucateada
|
BLW
|
1892.set
|
12925
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Cerqueira Lima"
| ||
26
|
205
|
55
|
55
|
55?
|
BLW
|
1892.set
|
12934
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Albadia"
| |
27
|
206
|
56
|
sucateada
|
BLW
|
1892.set
|
12942
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Antonio Guedes"
| ||
28
|
207
|
57
|
sucateada
|
BLW
|
1892.set
|
12943
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Xavier Pereira"
| ||
29
|
208
|
58
|
58
|
58
|
BLW
|
1893.nov
|
13829
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Paraopeba"
| |
30
|
209
|
59
|
sucateada
|
BLW
|
1893.nov
|
13830
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Abbadia"
| ||
31
|
212
|
62
|
62
|
62
|
BLW
|
1893.nov
|
13831
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Afonso Penna"
| |
32
|
210
|
60
|
60
|
60
|
BLW
|
1893.nov
|
13832
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Randolfo Paya"
| |
33
|
217
|
69
|
69
|
69
|
BLW
|
1894.out
|
14134
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Dr. Castro"
| |
34
|
218
|
70
|
70
|
sucateada?
|
BLW
|
1894.out
|
14135
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Marcos Castro"
| |
35
|
13
|
13
|
sucateada
|
BLW
|
1894.nov
|
14167
|
4 4 0
|
American
|
Vauclain Compound "Marcos de Castro"
| ||
36
|
14
|
14
|
sucateada
|
BLW
|
1894.nov
|
14168
|
4 4 0
|
American
|
Vauclain Compound "Bias Fortes"
| ||
37
|
219
|
71
|
71
|
sucateada
|
BLW
|
1894.nov
|
14169
|
2 8 0
|
Consolidation
|
Vauclain Compound "Mendes Junior"
| |
20
|
18
|
18
|
18
|
18
|
BLW
|
1908.jul
|
32877
|
4 4 0
|
American
| ||
22
|
19
|
19
|
19
|
22*
|
BLW
|
1908.jul
|
32878
|
4 4 0
|
American
| ||
38
|
11
|
11
|
sucateada
|
EFOM
|
1910.ND
|
1
|
4 4 0
|
American
| |||
39
|
107
|
37
|
37
|
37
|
BLW
|
1911.out
|
37082
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| ||
40
|
108
|
38
|
38
|
38
|
BLW
|
1911.out
|
37083
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| ||
41
|
109
|
39
|
39
|
sucateada
|
BLW
|
1911.out
|
37084
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| ||
42
|
110
|
40
|
40
|
40
|
BLW
|
1912.jul
|
38010
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| ||
43
|
111
|
41
|
41
|
41
|
BLW
|
1912.jul
|
38011
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| ||
44
|
112
|
42
|
42
|
42
|
BLW
|
1912.jul
|
38050
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| ||
45
|
113
|
43
|
43
|
43
|
BLW
|
1912.jul
|
38051
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| ||
46
|
20
|
20
|
20
|
20
|
BLW
|
1912.jul
|
38007
|
4 4 0
|
American
| ||
47
|
21
|
21
|
21
|
21
|
BLW
|
1912.jul
|
38008
|
4 4 0
|
American
| ||
48
|
22
|
22
|
22
|
19*
|
BLW
|
1912.jul
|
38009
|
4 4 0
|
American
|
Shopping Estação, Curitiba - PR
| |
49
|
100
|
33
|
sucateada
|
BLW
|
1913.nov
|
40871
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| |||
50
|
101
|
34
|
sucateada
|
BLW
|
1913.nov
|
40872
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| |||
51
|
102
|
30
|
sucateada
|
BLW
|
1913.nov
|
40873
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| |||
52
|
200
|
50
|
sucateada
|
ALCO
|
1913.ND
|
54386
|
2 8 0
|
Consolidation
| |||
53
|
201
|
51
|
sucateada
|
ALCO
|
1913.ND
|
54387
|
2 8 0
|
Consolidation
| |||
54
|
202
|
52
|
sucateada
|
ALCO
|
1913.ND
|
54388
|
2 8 0
|
Consolidation
| |||
55
|
220
|
67
|
sucateada
|
EFOM
|
1920.ND
|
2
|
2 8 0
|
Consolidation
| |||
56
|
221
|
68
|
68
|
68
|
BLW
|
1919.set
|
52256
|
2 8 0
|
Consolidation
| ||
60
|
103
|
31
|
sucateada
|
BLW
|
1919.set
|
52360
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
| |||
61
|
104
|
32
|
sucateada
|
BLW
|
1919.set
|
52361
|
4 6 0
|
Ten-Wheeler
|