segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Locomotivas “Vauclain Compund” na E.F.O.M. II


Por Jonas Augusto Martins de Carvalho
 
Além das 20 locomotivas de expansão mista na bitola de 0,76m, a E.F.O.M. adquiriu duas unidades de bitola métrica.
Fabricadas pela Baldwin Locomotive Works em 1893, a locomotiva nº 1, batizada como “Traituba” foi construída sob o número de ordem 13246 e a nº 2 sob o número de ordem de fabricação 13240, sendo ambas da Classe 8-9/15-C, 4-4-0 “American Compound” com cilindros de alta pressão de 9” e baixa de 15” por 20” de curso. A nº 1 posteriormente foi renumerada como 43 ainda na EFOM. Desconhece-se o paradeiro desta locomotiva, sabe-se que a mesma não chegou na “fase” RMV.
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Acervo ABPF/NEOM
- Locomotiva nº 1 da métrica: 4-4-0 Vauclain Compound no girador da rotunda de Ribeirão Vermelho em 1902

Com a transferência dos trechos Barra Mansa a Cedro (hoje Passa Vinte) e o de Barra Mansa a Rio Claro para a E.F.C.B. com todo material fixo e rodante, em virtude da determinação contida no aviso n. 10, de 3 de junho de 1904, as locomotivas 2, 6 e 7 foram incorporadas pela Central, não retornando mais à EFOM e nem a sucessora RMV, pois o aviso n. 122 que devolveu à Estrada de Ferro Oeste de Minas os trechos de Barra Mansa a Angra dos Reis e Barra Mansa a Cedro, publicado no Diário Official de 5 de outubro de 1909, contemplava apenas a via férrea e respectivos imóveis, ficando o material rodante para a Central, o que veio a criar uma deficiência no quadro de tração da Oeste de Minas. 
Sabe-se que a locomotiva nº2 foi transferida para a E.F.T. – Estrada de Ferro Terezópolis - onde recebeu o nº3. Posteriormente, esta locomotiva recebeu o n°1023 na E.F.C.B. – Estrada de Ferro Central do Brasil.


 
- Quadro de locomotivas de bitola métrica da EFOM – Dezembro de 1904.

Diante da deficiência no parque de tração, em 1905 as locomotivas nº20 e nº 22 da bitola 0,76m, fabricadas pela Baldwin em maio de 1892, ambas 4-4-0 Vauclain Compound, foram convertidas para bitola de 1m e simples expansão, recebendo os números 2 e 6 respectivamente (completando as lacunas deixadas pelas primeiras nº2 e nº6), sendo então empregadas no trecho mineiro da ferrovia. 
A carreira destas locomotivas bem como destino seu final na E.F.C.B. são desconhecidos para nós. Caso algum leitor possua alguma informação ou fotografia dessas locomotivas, por gentileza, entre em contato conosco.

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